FATOS POLICIAIS

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

FELIPE CAETANO DE OLIVEIRA

 


FELIPE CAETANO DE OLIVEIRA nasceu em 1946, no município de Apodi, onde passou toda a sua infância. Aos 12 anos (1958) mudou-se sozinho para Mossoró, indo morar com parentes, para estudar. Somente dois anos depois foi que sua família decidiu mudar-se também para também para esta cidade. A paixão pelo teatro veio logo na adolescência, quando, junto com sua irmã mais velha, Conceição, reunia os amigos da rua onde moravam para assistir aos espetáculos chamados de “dramas”, feitos e apresentados por eles nos finais de semana, na sala da sua própria casa. Para acesso, eram cobrados palitos de fósforos ou notas de carteiras de cigarros, uma preciosidade para a criançada da época. Com a falta de energia elétrica em sua residência, a iluminação dos espetáculos apresentados era feita à base de lamparinas. Na escola era um aluno que se destacava na declamação de poemas* e “partes de dramas”. Em 1969, ingressou no curso de Licenciatura em Ciências Sociais, na atual UERN, formando-se no ano de 1972 e se especializando depois em Sociologia. Como estudante universitário, a partir de 1969 se envolveu no teatro universitário dirigido pelo padre Alfredo Simonetti e Tarcísio Gurgel, respectivamente professor e aluno da UERN. Os espetáculos eram apresentados no auditório do Edifício Epílogo de Campus, da UERN. Vale lembrar que mesmo sem ser, ainda, universitário, a convite de Ivonete Paula, em 1968, começou a participar dos ensaios do espetáculo “Alvorecer”, de Lourdes Lima, sob a direção de padre Alfredo Simonetti. A promoção do espetáculo “Alvorecer” era da Faculdade de Serviço Social, e, na época, não contava com alunos do sexo masculino. Foi aí que Ivonete Paula convidou-o, e a Raimundo Putin e Carlos Alberto de Lima (Carlão).

No ano de 1971, começou a lecionar a disciplina Educação Artística, na extinta Escola Normal de Mossoró, chegando a ter anualmente de 10 a 12 turmas, cada uma com aproximadamente 30 alunos, mas mesmo assim conseguia que todos eles participassem dos espetáculos no final de cada ano letivo. Dentre os seus muitos frutos, estão as professoras Aldenora Rocha de Souza, coordenadora dos I, II, III FESTUERN e Leninha Teixeira, atual diretora teatral desde o I FESTUERN, em 2003.

Em 1973, já professor universitário, teve a sua primeira experiência como autor e diretor teatral com o espetáculo “Caatinga Vermelha”, montado com a participação de alunos, professores e funcionários da UERN.

Afastou-se, temporariamente, das atividades teatrais por ter assumido a Pró-reitora de Extensão da UERN, de 1985 a 1988 e de 1997 até 2005. Em 2003 volta a se envolver com a arte teatral, criando uma das maiores ação culturais da sua vida - o FESTUERN. Felipe Caetano, como Pró-Reitor de Extensão, chegou a coordenar três edições. Pai, esposo e avô, o ex e eterno professor Felipe Caetano se orgulhava do FESTUERN - o seu maior filho cultural. Amante nato do teatro e da cultura, continuava cultivando a arte em sua vida, acrescentando em seu currículo a arte de pintar, que lhe rendeu a produção de 49 quadros, em óleo sobre tela, inclusive a tela “Retalhos”, pintada no ano de 2018, que ilustra a capa deste livro.

Coordenou projetos artístico-culturais em várias instituições mossoroenses. Felipe Caetano sentia-se orgulhoso por ter o FESTUERN como seu "filho cultural" s, uma vez que o poeta Crispiniano Neto (na qualidade de

Presidente da Fundação José Augusto, em um discurso, por ocasião do lançamento de um dos FESTUERNs), o chamou de “pai do FESTUERN - um dos responsáveis por ajudar na transformação cultural e social de muitos jovens e adolescentes de Mossoró e de muitos outros municípios do Estado Rio Grande do Norte”.

FONTE – LIVRO  LUTAS E CONQUISTAS DA CLASSE ARTÍSTICA DE MOSSORÓ

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