FELIPE CAETANO DE OLIVEIRA nasceu em 1946, no município de Apodi, onde passou
toda a sua infância. Aos 12 anos (1958) mudou-se sozinho para Mossoró, indo
morar com parentes, para estudar. Somente dois anos depois foi que sua família
decidiu mudar-se também para também para esta cidade. A paixão pelo teatro veio
logo na adolescência, quando, junto com sua irmã mais velha, Conceição, reunia
os amigos da rua onde moravam para assistir aos espetáculos chamados de
“dramas”, feitos e apresentados por eles nos finais de semana, na sala da sua
própria casa. Para acesso, eram cobrados palitos de fósforos ou notas de
carteiras de cigarros, uma preciosidade para a criançada da época. Com a falta
de energia elétrica em sua residência, a iluminação dos espetáculos apresentados
era feita à base de lamparinas. Na escola era um aluno que se destacava na
declamação de poemas* e “partes de dramas”. Em 1969, ingressou no curso de
Licenciatura em Ciências Sociais, na atual UERN, formando-se no ano de 1972 e
se especializando depois em Sociologia. Como estudante universitário, a partir
de 1969 se envolveu no teatro universitário dirigido pelo padre Alfredo
Simonetti e Tarcísio Gurgel, respectivamente professor e aluno da UERN. Os
espetáculos eram apresentados no auditório do Edifício Epílogo de Campus, da
UERN. Vale lembrar que mesmo sem ser, ainda, universitário, a convite de
Ivonete Paula, em 1968, começou a participar dos ensaios do espetáculo
“Alvorecer”, de Lourdes Lima, sob a direção de padre Alfredo Simonetti. A promoção
do espetáculo “Alvorecer” era da Faculdade de Serviço Social, e, na época, não
contava com alunos do sexo masculino. Foi aí que Ivonete Paula convidou-o, e a
Raimundo Putin e Carlos Alberto de Lima (Carlão).
No ano de 1971, começou a lecionar a disciplina Educação
Artística, na extinta Escola Normal de Mossoró, chegando a ter anualmente de 10
a 12 turmas, cada uma com aproximadamente 30 alunos, mas mesmo assim conseguia
que todos eles participassem dos espetáculos no final de cada ano letivo.
Dentre os seus muitos frutos, estão as professoras Aldenora Rocha de Souza,
coordenadora dos I, II, III FESTUERN e Leninha Teixeira, atual diretora teatral
desde o I FESTUERN, em 2003.
Em 1973, já professor universitário, teve a sua primeira
experiência como autor e diretor teatral com o espetáculo “Caatinga Vermelha”,
montado com a participação de alunos, professores e funcionários da UERN.
Afastou-se, temporariamente, das atividades teatrais por ter
assumido a Pró-reitora de Extensão da UERN, de 1985 a 1988 e de 1997 até 2005.
Em 2003 volta a se envolver com a arte teatral, criando uma das maiores ação
culturais da sua vida - o FESTUERN. Felipe Caetano, como Pró-Reitor de
Extensão, chegou a coordenar três edições. Pai, esposo e avô, o ex e eterno
professor Felipe Caetano se orgulhava do FESTUERN - o seu maior filho cultural.
Amante nato do teatro e da cultura, continuava cultivando a arte em sua vida,
acrescentando em seu currículo a arte de pintar, que lhe rendeu a produção de
49 quadros, em óleo sobre tela, inclusive a tela “Retalhos”, pintada no ano de
2018, que ilustra a capa deste livro.
Coordenou projetos artístico-culturais em várias instituições
mossoroenses. Felipe Caetano sentia-se orgulhoso por ter o FESTUERN como seu
"filho cultural" s, uma vez que o poeta Crispiniano Neto (na
qualidade de
Presidente da Fundação José Augusto, em um discurso, por
ocasião do lançamento de um dos FESTUERNs), o chamou de “pai do FESTUERN - um
dos responsáveis por ajudar na transformação cultural e social de muitos jovens
e adolescentes de Mossoró e de muitos outros municípios do Estado Rio Grande do
Norte”.
FONTE – LIVRO LUTAS E
CONQUISTAS DA CLASSE ARTÍSTICA DE MOSSORÓ
Nenhum comentário:
Postar um comentário